sábado, 30 de agosto de 2014

Resenha Liberta-me - Tahereh Mafi


Sinopse: Liberta-me - Trilogia Estilhaça-me - Livro 2 - Tahereh Mafi

Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

Resenha: Juliette está vivendo no Ponto Ômega com Adam – o falso soldado de Warner que a tirou do manicômio – e os outros seres especiais. O chefe da organização, Castle, está insatisfeito com a sua ineficiência na demonstração de resultados nos treinamentos que ela realiza diariamente. Suas colegas de quarto são as “enfermeiras” Sara e Sonya, apesar de estar vivendo no subterrâneo há duas semanas ela não teve ainda uma conversa com elas. Seu único refúgio é Adam, porém, ela nota que ele está distante, mostrando-se exausto nos momentos em que se encontram e não lhes é permitido que treinem juntos.

Quando percebe que não só Adam, como vários outros estão mantendo segredos ela usufruirá de sua força para conseguir respostas. Para auxiliá-la nos treinamentos é designado Kenji, o garoto extrovertido que tem o dom de se tornar invisível, ele também foi um soldado de Warner infiltrado pelo Ponto Ômega, com sua experiência de vida ele tenta motivar Juliette a fazer mais do que se lamentar e ter medo de si mesma. Ela ainda lida com o fato de ser vista como uma aberração, uma assassina. Pela potência de seu poder muitas pessoas ainda a temem.

Sua interação com os companheiros é um obstáculo que era terá que vencer, especialmente depois das descobertas que faz sobre Adam. Com o convívio com ele restrito ela precisará conseguir lidar com outras pessoas também, o que é algo difícil já que nunca teve muito bem a oportunidade de o fazê-lo por ter passado os últimos anos em instituições e em uma cela. Quando consegue fazer amizades inicia a batalha por não perde-las em meio à guerra. O severo pai de Warner está no Setor 45 e sua missão é destruí-los.
Os confrontos resultam em mais descobertas dramáticas, e eles capturam Warner como refém. Assim, Juliette passa a conviver com ele pela missão de interrogá-lo para obter informações sobre as estratégias do pai dele. Entretanto, Warner ali sozinho, impotente, se mostra diferente de como ela imaginava e da imagem que construíra dele enquanto ela era a prisioneira.

A leitura deste livro me agradou bastante, tanto que assim que comecei a lê-lo não pude parar até chegar ao fim. Juliette está de volta com todas suas emoções turbulentas, mas está amadurecendo. Com os problemas no seu relacionamento com Adam ela busca outras atividades e isso faz bem a ela. Nesse livro notamos o empenho do Ponto Ômega em resgatar a sociedade da opressão feita pelo Reestabelecimento, a parceria desenvolvida por eles, e como aos poucos ela vai se tornando realmente parte do grupo. O romance é muito bem desenvolvido, sua sincera intensidade é encantadora. É um ótimo livro. SUPER RECOMENDO!

Trechos: "É tão difícil ser gentil com o mundo quando tudo o que você já sentiu é ódio. Porque é tão difícil ver a bondade no mundo quando tudo o que você já conheceu é medo."

"O cabelo dele é dourado. Os olhos, muito verdes. Sua voz está sofrida quando ele fala:
'Está dizendo,” ele começa “, que quer ser minha amiga?' "

“Livros são fáceis de destruir. Mas as palavras viverão enquanto as pessoas puderem se lembrar delas. [...] Acho que há algo na efemeridade da vida hoje em dia que torna necessário gravarmos tinta na nossa pele. Lembra-nos de que fomos marcados pelo mundo, que ainda estamos vivos. Isso nunca esqueceremos.” - Warner

"Nos dias mais escuros, você tem de procurar um ponto de luz; nos dias mais frios, você tem de procurar um ponto de calor; nos dias mais desoladores, você tem de manter os olhos para frente e para cima e, nos dias mais tristes, você tem de deixá-los abertos para permitir que chorem. Para, então, permitir que sequem. Para dar a eles uma chance de lavar a dor,para verem com frescor e clareza mais uma vez"


Um comentário:

  1. Os trechos dessa trilogia são os melhores, me encantei com os do primeiro livro, e já estou amando esses que vc compartilhou! Lindos *-*

    Bj
    entrereaiseutopias.blogspot.com.br

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